Com certeza é um debate antigo: o campo da música é uma questão de gosto pessoal (subjetivo) ou existem critérios para, objetivamente, definirmos que uma música é boa ou ruim? Por que posso dizer que a música da cantora Mariah Carey é melhor que a da Taty quebra-barraco? Por que Michael Jackson foi melhor que Bruno e Marroni? Será que é o grau de sucesso que se determina qual a melhor música? Então a melhor música seria a de maior preferência popular?
É fato que a música possui influências sobre todos nós, seres humanos, sobre animais, plantas e até sobre as coisas inanimadas (!!!). As vibrações sonoras causam efeitos físicos em tudo! Lembro-me de ter assistido uma reportagem onde uma vinícula, no Chile (se não me engano), armazenava as suas garrafas de vinho ao som de canto gregoriano! Também já li que experiências foram feitas com plantas, onde, por exemplo, uma roseira floresceu mais rápido (e bela) ao som de música clássica enquanto que uma outra roseira murchou ao som de Rock.
Um estudo rápido sobre os efeitos da música pode ser lido brevemente aqui, onde o autor irá citar o cuidado que Platão (filósofo grego), entre outros, tinham com a música, porque acreditavam em seu poder de influenciar os jovens ao bom ou ao ruim. Nesta mesma matéria irá citar os benefícios (físicos) que a harpa, o violino, entre outros instrumentos, causam ao ser humano (tendo poder curativo ou anestésico, por exemplo).
Qualquer demente percebe (e até eu consegui perceber) que uma música agitada nos deixa agitados, que uma música lenta nos acalma, que a música pode nos deixar tristes ou alegres, enfim, que ela pode tocar nossos sentimentos. Mas poderia ela ter tanta ação de influência a causar revoluções na sociedade? Platão acredita que sim (e eu também).
Esse assunto da música veio novamente à pauta por conta do novo documentário do canal de youtube "Brasil Paralelo", sobre "o fim da beleza". Antes eles já haviam produzido um outro documentário sobre o assunto da música, que também é muito interessante. Logicamente que a grande maioria da população vai achar banal esse assunto, que gosto não se discute, que as pessoas podem e dever ouvir aquilo que acham melhor, e por aí vai. Como se poderia dizer que a música de Chopin (ouça e me diga se não é uma das mais belas canções que você já ouviu?) é mais bela que a de Michael Jackson ou que o Clássico é melhor que o Funk? Se não há critérios objetivos, então todos estão certos! Eu acredito que existem critérios objetivos para se definir SIM se uma música é boa ou ruim, mas para isso precisamos definir exatamente o que é "Bom" e o que é "Mal". Então, quando se disser que o funk é uma música má, independente da letra (se é com palavrões, sexo explícito ou uma letra cristã), saber-se-á exatamente o Porquê de se acreditar nisso e não apenas estará se repetindo o que outros disseram. Outro canal que tenta responder por que o funk é tão ruim é o Lord Music Academy (um que recomendo). Porém, não é uma questão de bater no funk apenas: há quem defenda que todos os estilos contemporâneos são ruins e que o apogeu da música teria sido a fase do Barroco, lá pelos idos do século XVII mais ou menos. Vamos entender o Porquê (mesmo que você possa não concordar).
O que é um BEM e o que é um MAL? O MAL é a ausência de um BEM, ou seja, de certa forma, o MAL não existe. Algo como o silêncio (ausência de sons) ou as trevas (ausência de luz). Se você faz um buraco numa folha de papel, não existe um "buraco" mas sim a ausência de papel na parte do buraco. Assim, o MAL pode ser definido como a ausência de BEM, mas não é somente isso. Se você nascesse sem os olhos, sofreria o MAL da cegueira (ausência da visão), mas se seus olhos tivessem nascidos para dentro do seu corpo, também seria um mal, pois não lhe trariam benefícios. Eles não estariam ausentes, mas estariam fora de ordem. Essa é a definição para o que é MAL: ausência de um BEM ou ausência de ORDEM. E todas as coisas possuem uma ordenação natural. Se o dinheiro é um BEM, por que roubar é um MAL? Porque eu coloco um bem menor (o dinheiro) acima de um bem maior (a justiça). Assim se explicam as coisas no campo MORAL. Imagine alguém com um carro tentando passear num rio, ou alguém com roupa de astronauta tentando tomar banho na praia. Sim, são situações absurdas que estou trazendo para percebermos que tudo o que existe está ordenado para algum propósito e melhor alcança esse propósito quando ordenado de maneira correta (logicamente que são Tomás de Aquino, entre outros, explicaria muito melhor que eu, como ele faz no início da Suma contra os gentios, por exemplo, mas essa explicação é básica para voltarmos ao assunto da música).
A música também possui uma ordenação musical, e é exatamente daí que se poderá julgar se ela é uma obra musical BOA ou RUIM. A ordem musical precisa ser respeitada: Harmonia, melodia e ritmo. Não é qualquer som que vira música (seria apenas um barulho). E mais! Quanto mais uma obra estiver ordenada, mais ela elevará o seu espírito (Harmonia comandando a música). Quanto mais ela estiver fora de ordem, mais ela excitará seus sentidos, seu corpo físico (Ritmo comandando a música). Uma música harmoniosa eleva a alma, uma música rítmica excita os sentidos (daí um Clássico de Mozart ter mais qualidade do que qualquer dos estilos modernos de música, todos colocando o ritmo em primazia). Por que tanta sensualidade explícita no Funk? Por que tanta rebeldia no Rock? Essas respostas existem e não estão sob critérios preconceituosos. Certa vez li num site espírita a resposta a uma pergunta interessante: "Que tipo de música ouviremos no Céu?" A resposta me surpreendeu (por ser num site espírita) por dizer que no Céu, muito provavelmente (se chegarmos lá), não ouviremos Funk, Rock, Samba, Sertanejo, etc, mas sim canções que estariam dentro de uma ordenação musical perfeita (afinal de contas o Céu é perfeição). Aliás, o Canto Gregoriano é o canto oficial da Igreja Católica para as suas Missas justamente porque é canto mais ordenado que existe. Assim sendo, para fins de se cultuar a Deus, não há música mais perfeita.
Digamos que você concorde com meus argumentos e até queira conhecer mais sobre músicas polifônicas, barrocas, etc. Você poderia pensar: "Bom, saber que o pagode que eu amo não é uma música das mais ordenadas não muda nada". Sim, mas lembre-se que a música possui seus efeitos físicos, sentimentais e comportamentais em nós. No caso de quem vive para diversões ou para quem não crê em Deus, qual a diferença? A rebeldia está justamente em querer fazer o que achar melhor e dane-se a opinião dos outros. Antes de ser chamado por Cristo a servi-lo já ouvi até Rock satânico como Grand Belials Key (ou algo assim) e Mercyful Fate (acho que é isso). E daí que as letras eram satânicas (de louvores mesmo a demônios; traduzi algumas) se eu era ateu? Uma vez que somos chamados por Deus a uma vida nova, devemos ordenar nossa vida inteira aos pés do Senhor Jesus. Isso quer dizer que jamais vou ouvir novamente Mariah Carey ou algum outro artista secular ou que não tenha uma composição musical perfeita? Isso quer dizer que quando eu der uma festa, colocarei Vivaldi para meus convidados? Ou então o Canon in Ré de Pachelbel (que é maravilhoso, diga-se de passagem! Confere aí no link que vale a pena conhecer)? Eu o aconselharia a deixar-se conhecer outras formas musicais, saindo da mesmice do momento: rock, funk, sertanejo universitário e música pop americana, coreana, etc. Muitos dirão que é música de Elite, de gente rica, mas há muitos ricos que sequer percebem a grandeza de uma Boa música!
Para terminar, uma história interessante: o compositor e pianista Franz Liszt faria um concerto (isso no século XIX) onde tocaria canções de Beethoven (já consagrado como um gênio) e depois tocaria canções de um compositor obscuro chamado Pixis. A primeira música (de Beethoven) foi calorosamente aplaudida, de pé, por todos os presentes. A de Pixis foi ignorada pelo público, totalmente indiferente a ela (alguns até deixaram o teatro antes de ouvi-la). Houve, porém, um erro no cartaz do evento e o que o público aplaudiu calorosamente na verdade foi Pixis (!!!) e o ignorado foi Beethoven. Isso mostra como mesmo entre os que são da elite, que são ricos, há uma imensa leva de ignorantes musicais, que não percebem o valor de uma canção, mas são levados pelos mesmos critérios subjetivos de alguém que não teve oportunidade nenhuma na vida e que vive com seus funks, pagodes ou raps. Muitos apenas fingem gostar de Música Clássica apenas para terem uma imagem de superior aos outros (quando por dentro gostam mesmo é de um batidão kkk).
Dê a você mesmo a oportunidade de conhecer uma BOA música de vez em quando. Ela só lhe fará bem. Não precisa necessariamente mudar o que você gosta hoje de ouvir (pelo menos eu penso que não). Se isso for acontecer, que seja naturalmente. Mas não seja escravo de um estilo; conheça outros. A música, com toda certeza, é muito mais que Funk, Samba, Frevo, Rap, Sertanejo...há músicas que passam...a BOA música é eterna! Deixo mais um link de uma canção, essa de Tchaikovsky, que foi o primeiro compositor clássico que ouvi e que me chamou atenção. E lembre-se! Solos de violino podem curar sua dor de cabeça e até enxaqueca! O som da Harpa pode curar sua ansiedade, acalmar os nervos e muito mais!
Wilson Junior
Gostei do seus comentários, mas cada um tem seu estilo de música que mais te agrada . Nn podemos forçar uma pessoa, um alguém a gostar de uma música que agrada a um e a outro não . Aprendemos a gostar de uma música ou não ao ouvirmos-a . Daí tiramos a opnião se gostamos ou não . Por exemplo uma música erterna e boa . Garota de ipanema. Uma canção que toca a alma .
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