Pra atualizar o blog, conto como foi estar numa Missa tridentina, a minha primeira em 2019.
VOLTANDO
À MISSA TRIDENTINA
Wilson
Jr
Hoje, 23 de janeiro
de 2019, tive a oportunidade de assistir a Missa no rito romano
extraordinário, a chamada Missa Tridentina (por causa do Concílio
de Trento é assim chamada). Sem dúvida esse rito apresenta suas
diferenças em relação ao rito ordinário (que é normalmente
celebrado nas paróquias), e o curioso é que mesmo o rito tridentino
(celebrado pelo padre João Jefferson, da Paróquia Nossa Senhora de
Fátima, em Olaria) já sofreu algumas alterações ou acréscimos em
relação ao rito tridentino celebrado por um católico
tradicionalista (como d. Lourenço Fleshman na Capela São Miguel, no
Cosme Velho, por exemplo). Lembro-me que o impacto da Missa
tridentina celebrada por d. Lourenço foi muito maior (minha primeira
vez foi lá na Capela são Miguel) que celebrada pelo padre JJ.
O rito tridentino é
sério, sem extravagâncias, sem excentricidades, é um rito para
aqueles que são pecadores e necessitam da misericórdia de Deus e
assim a clamam, penitentes. Para quem ainda não descobriu o que é a
santa Missa pode parecer frio e chato. A Missa tridentina só faz
sentido para quem crê! E para quem crê, ela é o momento de pedir
perdão a Deus pelas nossas ofensas intermináveis, de joelhos, em
silêncio, contemplando o mistério da paixão, morte e ressurreição
do Senhor Jesus. O rito ordinário, esse da maioria das paróquias,
passa a impressão que é o rito das pessoas que já estão salvas,
por isso festejam, se alegram e até dançam e batem palmas. No
tridentino estamos na cruz junto a Jesus. O que há é a dor de ter
ofendido a Deus e a busca penitente de reparar essas ofensas e de não
mais voltar a ofendê-lo. Não há motivo para festejar nada. O que
há é o desejo de estar em Deus para sempre! Por isso “subimos
ao altar de Deus, o Deus que alegra a nossa juventude”! Não
importa nossa idade ao declarar isso, pois não há rito novo ou
velho, o rito da Missa é eterno! E o Deus eterno nos faz jovens em
nosso interior, pois é somente com o coração de criança que
podemos receber o Reino de Deus.
As orações em
latim no rito tridentino podem deixar quem participa pela primeira
vez (ou mesmo quem participa há muito tempo) meio perdido, sem saber
o que fazer. Mas, como bem explicou após a Missa o padre João
Jefferson, é preciso entender o que é a Missa e, a partir daí, não
é necessário sequer aprender o Latim. Padre João fez uma
comparação interessante com o futebol. Aqueles que entendem o
futebol podem assistir um jogo com uma narração em português,
francês, inglês, russo, tanto faz. Ele saberá da mesma forma o que
é um drible, um gol, impedimento, falta, pênalti, etc, mesmo sem
entender a narração. Ele sabe o que está acontecendo. E esse é o
grande problema entre os católicos hoje em dia na santa Missa: eles
não sabem o que está acontecendo! Daí toda a infinidade de
excessos litúrgicos (alguns abomináveis) que acontecem no rito
ordinário. No rito tridentino, o padre JJ permitiu cantos em
português, algumas orações também. Com d. Lourenço (no Cosme
Velho) ele somente rezava em português as orações pós-Missa (a
Ave-Maria e a oração de são Miguel arcanjo). Padre João ainda
acrescentou orações de são Tomás de Aquino para nos preparar para
a Missa (antes de se iniciar) e para agradecer (após o seu término).
Qualquer que seja o
rito, a santa Missa é a renovação do sacrifício da cruz, mas
quanto melhor celebrada da parte do sacerdote, melhor será
aproveitada da parte dos fiéis. Bem lembrou o padre JJ que o Papa
Bento XVI desejou que todo sacerdote conhecesse e celebrasse a Missa
no rito extraordinário para melhor celebrá-la também no rito
ordinário.
Toda quarta-feira é
celebrada a santa Missa no rito extraordinário na Paróquia Nossa
Senhora de Fátima, em Olaria, às 20h.
Nenhum comentário:
Postar um comentário