sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

VOLTANDO À MISSA TRIDENTINA

     Fiquei uma semana sem internet em casa, mas já está tudo resolvido.
     Pra atualizar o blog, conto como foi estar numa Missa tridentina, a minha primeira em 2019.


VOLTANDO À MISSA TRIDENTINA
Wilson Jr

          Hoje, 23 de janeiro de 2019, tive a oportunidade de assistir a Missa no rito romano extraordinário, a chamada Missa Tridentina (por causa do Concílio de Trento é assim chamada). Sem dúvida esse rito apresenta suas diferenças em relação ao rito ordinário (que é normalmente celebrado nas paróquias), e o curioso é que mesmo o rito tridentino (celebrado pelo padre João Jefferson, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Olaria) já sofreu algumas alterações ou acréscimos em relação ao rito tridentino celebrado por um católico tradicionalista (como d. Lourenço Fleshman na Capela São Miguel, no Cosme Velho, por exemplo). Lembro-me que o impacto da Missa tridentina celebrada por d. Lourenço foi muito maior (minha primeira vez foi lá na Capela são Miguel) que celebrada pelo padre JJ.

          O rito tridentino é sério, sem extravagâncias, sem excentricidades, é um rito para aqueles que são pecadores e necessitam da misericórdia de Deus e assim a clamam, penitentes. Para quem ainda não descobriu o que é a santa Missa pode parecer frio e chato. A Missa tridentina só faz sentido para quem crê! E para quem crê, ela é o momento de pedir perdão a Deus pelas nossas ofensas intermináveis, de joelhos, em silêncio, contemplando o mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus. O rito ordinário, esse da maioria das paróquias, passa a impressão que é o rito das pessoas que já estão salvas, por isso festejam, se alegram e até dançam e batem palmas. No tridentino estamos na cruz junto a Jesus. O que há é a dor de ter ofendido a Deus e a busca penitente de reparar essas ofensas e de não mais voltar a ofendê-lo. Não há motivo para festejar nada. O que há é o desejo de estar em Deus para sempre! Por isso “subimos ao altar de Deus, o Deus que alegra a nossa juventude”! Não importa nossa idade ao declarar isso, pois não há rito novo ou velho, o rito da Missa é eterno! E o Deus eterno nos faz jovens em nosso interior, pois é somente com o coração de criança que podemos receber o Reino de Deus.

          As orações em latim no rito tridentino podem deixar quem participa pela primeira vez (ou mesmo quem participa há muito tempo) meio perdido, sem saber o que fazer. Mas, como bem explicou após a Missa o padre João Jefferson, é preciso entender o que é a Missa e, a partir daí, não é necessário sequer aprender o Latim. Padre João fez uma comparação interessante com o futebol. Aqueles que entendem o futebol podem assistir um jogo com uma narração em português, francês, inglês, russo, tanto faz. Ele saberá da mesma forma o que é um drible, um gol, impedimento, falta, pênalti, etc, mesmo sem entender a narração. Ele sabe o que está acontecendo. E esse é o grande problema entre os católicos hoje em dia na santa Missa: eles não sabem o que está acontecendo! Daí toda a infinidade de excessos litúrgicos (alguns abomináveis) que acontecem no rito ordinário. No rito tridentino, o padre JJ permitiu cantos em português, algumas orações também. Com d. Lourenço (no Cosme Velho) ele somente rezava em português as orações pós-Missa (a Ave-Maria e a oração de são Miguel arcanjo). Padre João ainda acrescentou orações de são Tomás de Aquino para nos preparar para a Missa (antes de se iniciar) e para agradecer (após o seu término).

          Qualquer que seja o rito, a santa Missa é a renovação do sacrifício da cruz, mas quanto melhor celebrada da parte do sacerdote, melhor será aproveitada da parte dos fiéis. Bem lembrou o padre JJ que o Papa Bento XVI desejou que todo sacerdote conhecesse e celebrasse a Missa no rito extraordinário para melhor celebrá-la também no rito ordinário.

          Toda quarta-feira é celebrada a santa Missa no rito extraordinário na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Olaria, às 20h.

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